O Fenerbahçe, de José Mourinho, venceu este domingo o União de Leiria (2-0) em mais um jogo de preparação. No final da partida, o treinador português prestou declarações à Sport TV, tendo abordado temas como o regresso a Portugal e a «novela» de Gyokeres.
Mourinho teve uma curta passagem como técnico do Benfica, na época 2000/01. Mais de duas décadas depois, o regresso à Luz é algo improvável para o treinador de 62 anos. Até porque, como diz, o Benfica conta com um «bom treinador».
«Creio que as pessoas nem se lembram que fui lá treinador, foi há tanto tempo e durante tão pouco tempo, acho que as gerações mais jovens já não se lembram… Foi um momento importantíssimo na minha carreira, foi lá que fui pela primeira vez treinador principal, foi pouco tempo, e depois acabou de uma forma… estranha. Treinar o Benfica agora? Têm lá um bom treinador, um amigo, ainda por cima setubalense, quero que tudo lhe corra bem. E agora está Mário Branco, que começou por ser só diretor desportivo [no Fenerbahçe] e depois ficou grande amigo, por isso desejo que tudo lhes corra bem. Se nos encontrarmos na Champions, naturalmente que têm um poder diferente, mas iremos tentar complicar», referiu.
O emblema turco, como o Benfica, entrará em eleições muito em breve: Fenerbahçe elege o novo líder em setembro e o Benfica em outubro. «São sempre momentos complicados. Treinadores e jogadores, por muito que queiramos, naturalmente que não passamos de todo ao lado ao lado do processo eleitoral», atirou Mourinho, que garantiu que não recebeu nenhuma abordagem de nenhum candidato benfiquista: «Nunca, de todo».
O treinador português assumiu, ainda, que acompanha de perto as novidades do futebol português. Até porque, como é sabido, poderá apanhar o Benfica na pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Moutinho comentou também o caso de Gyokeres, afirmando que percebe toda a «novela».
«Acompanho, obviamente que acompanho. Confesso que com mais curiosidade o Benfica, porque temos 25 por cento de hipóteses de os apanhar nas qualificações para a Champions, mas sigo tudo com curiosidade. Percebe-se que o FC Porto quer crescer, relativamente ao que de negativo aconteceu na última época; percebe-se todo este, não direi pânico, mas interesse à volta da situação do Gyokeres, que foi um jogador fundamental nos dois últimos títulos do Sporting, obviamente que sigo», admitiu.
«The special one» parte para a segunda temporada na Turquia. No entanto, de uma coisa tem a certeza: o regresso a Portugal vai acontecer, seja para um clube ou para a seleção.
«É uma coisa que eu quero [regressar a Portugal], que a minha família quer, e não se trata de um retiro dourado. Quero voltar, seja em contexto de clube ou seleção, vai acontecer, no momento certo, quando surgir a oportunidade», concluiu.