Já expliquei a paz que se encontra no silêncio e o prazer de não ir para lugares e para sítios cheios de movimento. Adoro a cena de noite e a arte incrível em Montreal e tenho um acesso fácil a esses lugares artísticos e a várias atividades culturais. Estou a vinte minutos do centreville, no transporte comum. Além disso, tenho uma curiosidade que me abre portas interessantes, vez após vez.
Mas acho que nem todos têm esse acesso nessa nossa ilha de Montreal. Eu li um artigo no Revista Maisonneuve sobre o Montreal-Est, e a falta de acesso ao Centre-ville de Montréal das pessoas que vivem ao lado de Fábricas de petróleo no Montreal-Est. E achei triste que nem todos tenham acesso à educação e, se interessa, a cultura que se acha no centreville. Eu tenho a escolha porque tenho o privilégio de estar a dois passos do transporte comum, e posso ir à descoberta de o que eu quero. Mas, nem todos podem sem o transporte comum.
Acho que o acesso à educação deve ser uma prioridade para dar oportunidade a todos de terem a escolha de saber, viver experiências novas e aprender sem limites. Assim, com esse acesso, podemos escolher a liberdade e outras vezes o conforto e o descanso? O importante é de todos terem o direito a essa escolha, não importa o bairro onde vive.
A paz pode se achar em lugares interessantes como salas de espetáculo como o Théâtre Maisonneuve, mas também se acha numa cadeira com uma toalhinha fofinha nas costas, que dá paz e prazer. A paz ache-se em palavras, no cuidado e também no silêncio. Mas o acesso a educação deve ser prioridade para os jovens do futuro poderem ir onde a curiosidade os leva.
Andorinhas na natureza
