Uma asseadíssima Noite de Fado, lá, na Casa Minhota

Ricos, foi com um prazer dos grandes que assisti a uma asseadíssima noite fadista lá na Casa Minhota, com artistas vindos de Toronto e de Montreal. Foi mesmo um regalo para os ouvidos ouvir a guitarra portuguesa nas unhas do conceituado guitarrista Manuel Moscatel, acompanhado pelos também talentosos Luís Costa, na viola de fado, e Nelson Moreira, na viola baixo.


A fadista Carmen Moscatel, mulher do Manuel, cantou e encantou com a sua voz alfacinha — lisboeta de garra, como se costuma dizer! Olhe, parecia mesmo que nasceu para cantar fado… voz clara, bonita e cheia de sentimento, daquelas que entram logo no coração da gente.

O Manuel, que é açoriano do Livramento, contou-nos que foi lá por Lisboa que aprendeu a dedilhar a guitarra portuguesa com aquele jeito fino e exímio. E acredita-se bem, que ele tocou muitos anos na capital do retângulo português — e nota-se na mestria!


Também não podia deixar de falar do artista cá de Montreal, que já dispensa apresentações: Luís Duarte, que nos regalou — e muito bem — com uns fados lindos de morrer.


Quanto ao serviço e à comidinha… estavam à altura do nome Casa Minhota — uma delícia, como sempre! Está tudo de parabéns, do princípio ao fim.


E agora, deixo este meu modesto apontamento com um sorriso e um verso do amigo Luís Duarte, que diz assim:
Este é um fadinho
Que põe a gente de molho,
Eu finjo que sou ceguinho,
Mas tenho cá um olho”.

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