China impõe tarifas aduaneiras temporárias sobre o canola canadiano

A China vai aplicar tarifas aduaneiras temporárias às importações provenientes do Canadá de produtos derivados do canola, uma oleaginosa aparentada com a colza, anunciou esta terça-feira o Ministério do Comércio, após uma investigação ter concluído, de forma preliminar, que houve práticas de dumping.
Em março, Pequim impôs uma sobretaxa de 100% sobre o óleo de colza canadiano, as ervilhas e as farinhas, utilizadas para alimentação animal. A China indicou que esta medida foi uma resposta à decisão de Ottawa, no ano passado, de aplicar direitos de 100% sobre os veículos elétricos chineses, em reação a medidas semelhantes tomadas pelos Estados Unidos.
O Canadá é um dos principais produtores mundiais de canola, uma cultura oleaginosa utilizada para produzir óleo de cozinha, rações para animais e biodiesel.
A maioria das suas exportações de canola destina-se apenas a dois mercados: os Estados Unidos e a China — dois países com os quais Ottawa tem recentemente enfrentado disputas sobre questões de tarifas aduaneiras.
As autoridades chinesas começaram a analisar os carregamentos de canola canadiano em setembro do ano passado.
Esta investigação concluiu, de forma preliminar, que as importações canadianas causaram “danos significativos” à indústria nacional, afirmou o Ministério do Comércio num comunicado.
A partir de quinta-feira, as importações de canola canadiano ficarão sujeitas a direitos de 75,8%, a pagar sob a forma de “depósito” enquanto as medidas são finalizadas, acrescentou o ministério.
Também nesta terça-feira, o Ministério do Comércio de Pequim anunciou uma investigação anti-dumping sobre as importações de amido de ervilha canadiano.
Outra investigação sobre as importações de borracha butílica halogenada — um material utilizado em revestimentos de pneus e tubagens — concluiu igualmente, de forma preliminar, que as importações deste produto provenientes do Canadá e do Japão estão a causar “danos significativos” à indústria nacional, segundo o comunicado.
A partir de quinta-feira, estas importações estarão sujeitas a direitos preliminares entre 13,8% e 40,5%. Uma investigação sobre os carregamentos de materiais de borracha provenientes da Índia foi encerrada, depois de se ter verificado um volume de importação “insignificante”, informou o ministério.

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