Está a causar em mim um terrível desagrado o choradinho que os políticos europeus estão a realizar, assustadíssimos com as recentes linhas de força dos Estados Unidos para se parar a guerra na Ucrânia. Dominados por uma omissão inicial, que tem um valor de mentira, os políticos europeus surgem-nos, suportados pelas deformações da grande comunicação social, a verter lágrimas de crocodilo em profusão na defesa da designa da integridade da Ucrânia.
Ora, estou a escrever o presente texto ao mesmo tempo que acompanho, auditivamente, a intervenção do académico Marcos Farias Ferreira, na RTP 3, onde, entre muitas outras coisas certas, referiu já que ninguém na União Europeia se preocupa com o que está a passar-se com o mais recente crime de Israel, agora na Cisjordânia. É a dita moral europeia de conveniência…
Como pude já escrever, e já lá vão uns bons anos, a verdade é que Zelensky, tal como Poroshenko, se deitaram a colocar o território da Ucrânia ao serviço da grande estratégia dos Estados Unidos, com aquelas doze estações da CIA ao longo da fronteira com a Federação Russa, de parceria com os 16 laboratórios de produção de vírus artificiais, sobre que Vitoria Nullen, em pânico, se pronunciou na segunda noite da invasão russa.
Tudo isto era do conhecimento dos Estados da União Europeia, mas sem que se tivessem oposto minimamente: tratava-se de tentar vir a desmantelar a Federação Russa… E assim se deu, por igual, com o genocídio de Israel sobre os palestinos, com cerca de 90 000 mortos, talvez uns cerca de 130 000 feridos e umas boas dezenas de milhares de desaparecidos: dos políticos europeus, e na sua generalidade, bom, quase o pleníssimo silêncio…
Falou-se, durante muito tempo, sobre os oligarcas russos, mas, para lá de um toque tangencial sobre a corrupção na Ucrânia – e mesmo nos dias de hoje! –, a verdade é que, se dos políticos nada surge, da grande comunicação social, como se tem podido ver, tudo se salda em meras tangentes infpormativas, mas só para se poder dizer que se falou do tema… Num ápice, novos programas sobre… Vladimir Putin. Um verdadeiro fadinho sem fim.
Os Estados europeus, depois de criarem a si mesmos a Guerra Franco-Prussiana e duas guerras mundiais, para lá da histórica Guerra Civil de Espanha, sempre se viram na contingência de ter de receber o apoio essencial dos Estados Unidos para conseguirem a solução daqueles problemas por si criados.
Foi pena que Volodimir Zelensky se tenha deixado levar pelas tristes e interesseiras ideias de Boris Jonhson, porque se tivesse seguido com as conversações que tinha iniciado com a Federação Russa, tudo hoje seria diferente, sem ter o seu país destruído e com uma brutalidade de mortos e feridos.
Acreditar nos políticos europeus é um terrível erro, seja para ucranianos, asiáticos, sul-americanos ou africanos. Espantosamente, consequência da muito má qualidade dos políticos europeus, a verdade é que a União Europeia, paulatina e acefalamente, tem vindo a fechar portas à China, à Federação Russa e agora mui bem pontapeada pelos Estados Unidos, por acaso liderados por Donald Trump. Sejamos sinceros e sintéticos: a União Europeia tem hoje o que vem plantando, há muito, no seu dia-a-dia… Faltou à qualidade ucraniana a capacidade para perceber esta realidade europeia, tão visível quão antiga.
