Manifestação silenciosa dos assistentes de bordo da Air Canada no aeroporto de Montreal

Está a decorrer, desde as 13h00 de segunda-feira, uma manifestação silenciosa dos assistentes de bordo da Air Canada, na zona de partidas do Aeroporto Montréal-Trudeau.
Estes protestos, que reúnem assistentes de bordo, estão a acontecer simultaneamente em quatro aeroportos do país: Montreal, Toronto, Calgary e Vancouver.
No início da mobilização, às 13h00, os assistentes de bordo concentraram-se na zona de partidas do aeroporto de Montreal-Trudeau.
São mais de 10 mil os trabalhadores que reclamam melhores condições laborais. Em Montreal, a TVA Nouvelles noticiou a presença de cerca de 400 funcionários no local.
«Estamos confiantes de que vamos chegar a um acordo de princípio antes de qualquer ação», afirmou Julie Potvin, vice-presidente da secção local 4091 dos assistentes de bordo da Air Canada em Montreal. «A nossa equipa sindical está hoje no local, a negociar. Estiveram à mesa durante todo o fim de semana e, por isso, esperamos evitar a greve.»
Uma greve poderá ser desencadeada a partir da meia-noite de 16 de agosto, sábado próximo.
«Não é necessariamente no dia 16 que poderá acontecer. Obviamente, tudo será decidido à mesa das negociações», precisou Julie Potvin, em entrevista à LCN.
Se houver greve, os voos serão cancelados, pois não podem descolar sem assistentes de bordo. «É a lei, os aviões têm de ter assistentes de bordo para operar», explicou a sindicalista.
Reivindicações dos assistentes de bordo
Segundo os trabalhadores, até agora o empregador terá proposto um aumento salarial de 32,5% em cinco anos. O sindicato, porém, afirma que nunca recebeu tal oferta.
«A nossa equipa sindical sabe o que quer e, se essa informação foi discutida mas não nos foi comunicada, é porque a proposta não contempla aquilo que pretendemos», acrescentou a vice-presidente sindical.
Os assistentes de bordo exigem melhores condições de trabalho, depois do fim do seu último contrato de 10 anos, incluindo um aumento salarial.
Reivindicam ainda o reconhecimento do trabalho realizado antes da partida dos voos e antes da abertura das portas de embarque, no que diz respeito às verificações, procedimentos de segurança, embarque de passageiros e gestão de bagagens.
O objetivo não é interromper o serviço ou deixar de trabalhar, sublinhou Julie Potvin.
«Que fique claro: não queremos prejudicar os passageiros, nem os nossos colegas. O que queremos é um acordo de princípio justo e equilibrado, que reconheça o trabalho e o valor operacional que trazemos à empresa.»
Recorde-se que, no passado dia 5 de agosto, o sindicato anunciou que os 10 mil membros do pessoal de cabine votaram, em 99,7%, a favor da greve.

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