Tron: Ares — Um espetáculo visual que revive a franquia da Disney


Tron é uma daquelas franquias que renascem de tempos em tempos, sempre com grandes investimentos da Disney. Após o clássico original — pioneiro no uso de computação gráfica — e a sequência Tron: O Legado (2010), dirigida por Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick), chega agora Tron: Ares, 15 anos depois, com um orçamento de mais de US$200 milhões.
Mesmo sem uma história à altura desse valor, o novo filme compensa com um espetáculo visual impressionante, feito para ser visto em IMAX. O CGI brilha, e a trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross (Nine Inch Nails) dá o tom — ainda que não supere o lendário trabalho do Daft Punk no filme anterior.
Desta vez, a trama sai do mundo digital e se passa no mundo real: Julian Dillinger (Evan Peters), herdeiro de um magnata, quer trazer o “grid” para a realidade com a ajuda de Ares (Jared Leto), uma IA criada como super soldado. Sua empresa rivaliza com a ENCOM, agora liderada por Eve Kim (Jodie Turner-Smith), uma CEO idealista que acredita no uso ético da tecnologia.
O filme tenta discutir temas como capitalismo, IA e ganância humana, mas acaba ficando na superfície. As alusões a Adão e Eva e os arquétipos previsíveis — vilões arrependidos, heróis hesitantes — tornam o roteiro genérico. Mesmo assim, Evan Peters e Gillian Anderson se destacam na relação mãe e filho, dando alguma profundidade à narrativa.
Sem reinventar a franquia, Tron: Ares entrega o essencial: ação de alto nível e uma experiência audiovisual deslumbrante — o suficiente para justificar o ingresso e reacender a centelha do universo Tron.

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