Action Montréal, um vento de frescura para Montreal com Gilbert Thibodeau
Estamos há um mês para este grandioso evento que será as eleições municipais, para ser o presidente da câmara de Montreal. Esta semana é a apresentação do partido ACTION MONTREAL chefiado por Gilbert Thibodeau.
“A atual administração mostra sinais de esgotamento, marcada por uma gestão desligada das realidades quotidianas dos montrealenses.
Com a minha experiência como empresário, não venho para ocupar um lugar no Hôtel de Ville, mas para transformar a forma como a nossa cidade é governada, quebrando as inércias burocráticas.
As minhas campanhas de 2017 e 2021 testemunham o meu compromisso inabalável com os cidadãos.
À frente do Action Montréal, proponho um programa centrado nas necessidades reais dos montrealenses, com prioridades claras e soluções concretas”.
Apresento a alguns dos principais contributo que este partido quer enfrentar e modificar:
A limpeza: uma prioridade
– Garantir a recolha do lixo todas as semanas em todos os bairros, com a possibilidade de aumentar para duas vezes por semana, se necessário, nomeadamente em julho e agosto (os meses mais quentes, em que os animais nocivos e a praga proliferam), utilizando os fundos disponíveis graças a uma gestão financeira responsável, continuando, ao mesmo tempo, a promover a reciclagem e a compostagem.
– Aumentar significativamente o orçamento para a limpeza de graffitis, com equipas especializadas e tecnologias modernas, promovendo ao mesmo tempo a arte urbana enquadrada, de modo a aliar criatividade e respeito.
– Multiplicar os caixotes do lixo públicos e os ecopontos nos parques, nas paragens de autocarro, nas artérias comerciais e nas zonas turísticas, para reduzir o lixo abandonado e incentivar gestos eco-responsáveis.
– Lançar uma vasta campanha de sensibilização junto dos comerciantes e das escolas para combater beatas e pequenos resíduos, reforçando simultaneamente a limpeza dos passeios e a remoção da neve, para garantir uma limpeza irrepreensível durante todo o ano.
Resolver a crise da habitação
A Action Montréal opõe-se à criação de um registo das rendas em Montreal, considerando que tal medida geraria uma burocracia pesada, ameaçaria a vida privada dos inquilinos e poderia até incentivar as “rénovictions” (despejos ligados a renovações), ao expor rendas acessíveis — receio igualmente partilhado pela CORPIQ.
Face à crise habitacional, marcada por aumentos significativos nas rendas e por um número expressivo de agregados sem casa, o partido apresenta cinco medidas concretas para aumentar a oferta de habitação e proteger os inquilinos, sem recorrer a uma vigilância centralizada.
Estas soluções baseiam-se nas realidades de Montreal, promovendo a responsabilidade dos cidadãos e limitando o papel da Câmara a intervenções excecionais, evitando transformar a cidade numa fonte de financiamento fácil, num contexto de fragilidade das finanças municipais.
– Aumentar a oferta de habitação acessível: Montreal deve acelerar a construção de novos alojamentos, com uma parte significativa dedicada a habitação a preços acessíveis, de modo a responder à procura e estabilizar o mercado de arrendamento. A simplificação das regras de ordenamento em alguns bairros e a concessão de incentivos fiscais aos promotores encorajarão o desenvolvimento de projetos acessíveis, em linha com as recomendações da SCHL para um mercado equilibrado.
– Reforçar a transparência das rendas: A cláusula G do contrato de arrendamento, que obriga os proprietários a indicar a renda mais baixa dos últimos 12 meses, é uma ferramenta fundamental para os inquilinos. Cabe aos inquilinos solicitar esta informação no momento da assinatura do contrato, assegurando assim a transparência sem necessidade de uma intervenção burocrática centralizada.
– Proteger contra as “rénovictions”: Para combater este tipo de despejos, os inquilinos devem poder solicitar à Câmara a visita de um inspetor municipal em caso de sinais claros de uma “rénoviction”. Este processo será rigorosamente enquadrado por critérios objetivos e um procedimento simplificado, a fim de evitar entraves logísticos e garantir uma resposta rápida e eficaz, protegendo os inquilinos contra abusos.
– Incentivar a autonomia dos inquilinos: Em vez de conceder apoio financeiro direto, a Câmara deve encorajar os inquilinos a recorrerem aos programas provinciais existentes, como a Allocation-logement. A intervenção municipal só deverá ocorrer em situações excecionais de vulnerabilidade extrema, promovendo sempre a responsabilidade individual.
– Facilitar iniciativas de cooperativas e OBNL: As cooperativas e os organismos sem fins lucrativos são essenciais para oferecer habitação a preços acessíveis. A Câmara terá um papel de facilitador, simplificando os regulamentos municipais e ligando os grupos de cidadãos a parceiros privados ou governamentais para apoiar os seus projetos. A responsabilidade principal destas iniciativas deve recair sobre os cidadãos e as organizações, com um apoio inicial mínimo da Câmara, restrito a pedidos justificados e excecionais, de modo a não sobrecarregar ainda mais as frágeis finanças municipais.
Os parquímetros
– Limitar o preço dos parquímetros a 2 $ por hora em todo o território, das 9h00 às 21h00, garantindo um estacionamento acessível e previsível.
– Tornar os parquímetros gratuitos da sexta-feira às 21h00 até à segunda-feira às 9h00, de forma a dinamizar as atividades sociais e comerciais durante o fim de semana.
– Eliminar os parquímetros nos parques de estacionamento dos centros desportivos, facilitando assim o acesso das famílias às instalações recreativas.
Ciclovias: por uma mobilidade justa e ponderada!
Em Montreal, a bicicleta é uma mais-valia para a saúde e para a mobilidade, mas a sua promoção não deve ser feita em detrimento dos automobilistas, dos comerciantes e das famílias.
Enquanto os transportes públicos e os parques de estacionamento dissuasores não forem adequados em todos os bairros, a Cidade deve gerir as ciclovias com bom senso, sem penalizar aqueles que dependem do automóvel.
Comprometemo-nos com uma abordagem equilibrada que apoie os ciclistas, preservando ao mesmo tempo a fluidez do trânsito, o acesso ao comércio e a qualidade de vida de todos os montrealenses.
– Retirar ou reconfigurar ciclovias prejudiciais ou improvisadas
Avaliar, ajustar ou remover as ciclovias improvisadas que perturbam o tráfego ou reduzem desnecessariamente os lugares de estacionamento, complicando a circulação automóvel e pedonal, a fim de restabelecer um equilíbrio prático e lógico.
– Apoiar o comércio preservando o estacionamento e reconfigurar as ciclovias que eliminam lugares essenciais nas ruas comerciais, de forma a apoiar os pequenos comerciantes e, ao mesmo tempo, atrair consumidores e turistas.
– Adaptar as estações BIXI ao clima
Remover as estações de aluguer de bicicletas BIXI entre 1 de dezembro e 15 de março, período em que a sua utilização é marginal, para libertar o espaço público e melhor responder às realidades sazonais.
Um teto e uma oportunidade para cada montrealense!
Cerca de 5 000 pessoas vivem na rua ou em situação precária, o que custa à sociedade até 400 milhões de dólares por ano (intervenções policiais, ambulâncias e hospitalizações), ou seja, cerca de 80 000 dólares por pessoa. Este fardo revela a urgência de uma abordagem mais eficaz.
Em Toronto, o programa Homes First alojou 86% dos participantes em apartamentos permanentes com subsídios, reduzindo as hospitalizações em 66% e as detenções em 79%.
Em Montreal, muitas organizações dedicadas apoiam os sem-abrigo, mas a fragmentação dos seus esforços limita o impacto.
A Ação Montreal compromete-se a propor uma melhor sinergia, valorizando ao mesmo tempo o trabalho destas organizações, para um plano solidário, rápido e duradouro.
Redução da dívida
– Reduzir a dívida municipal, destinando 20% das poupanças obtidas através de uma gestão rigorosa e eficaz diretamente ao reembolso da dívida.
– Eliminar despesas inúteis, revendo projetos dispendiosos e mal planeados, como iniciativas improvisadas ou subsídios mal direcionados.
– Garantir total transparência sobre o estado das finanças públicas, com relatórios anuais claros e acessíveis a todos os cidadãos.
Uma dívida que sufoca a cidade
A dívida de Montreal atingiu níveis alarmantes, um fardo que pesa fortemente sobre as gerações atuais e futuras. Anos de gestão permissiva aumentaram os empréstimos para financiar projetos mal concebidos, deixando os contribuintes com uma fatura pesada. Esta espiral tem de acabar: uma cidade endividada é uma cidade estagnada, incapaz de investir no que realmente importa.
Um plano claro para uma gestão responsável
«A dívida não é uma fatalidade, é uma questão de escolhas». Com uma gestão saudável, criaremos excedentes cortando nos desperdícios, não nos serviços essenciais.
Cada dólar poupado será utilizado de forma inteligente: 20% irá diretamente para reduzir a dívida, o restante reforçará as nossas prioridades, como as infraestruturas e os serviços aos cidadãos.
Solidariedade
Será implementada uma estratégia ponderada para apoiar as pessoas sem-abrigo, com soluções humanas e sustentáveis. Os montrealenses aspiram a uma mudança concreta.
Apoio-me na minha experiência, ousadia e visão pragmática para devolver a Montreal o seu dinamismo. Montreal merece uma governação à altura do seu potencial.
Em ação, façamos a nossa cidade brilhar com soluções modernas, inclusivas e voltadas para o futuro.
