Champions: Benfica 0-1 Bayer Leverkusen | Sem remédio


Durante quase toda a noite, o Benfica foi a melhor equipa na Luz. Diante do Bayer Leverkusen, campeão da Alemanha em 2024, a equipa de José Mourinho superiorizou-se em quase todas as estatísticas. Dividiu a posse de bola, mas soube melhor o que fazer com ela, rematou muito mais e foi capaz de criar inúmeras ocasiões de golo.
Num jogo em que José Mourinho apostou de início em Barreiro (Prestianni foi o único a sair do onze comparativamente com o jogo anterior), as águias voltaram a dar sinais do crescimento que haviam confirmado em Guimarães.
Durante aquela primeira hora de jogo, o Benfica desconfiado de si próprio e com uma crise de autoestima tão grande que levou Mourinho a dizer que isso impedia os jogadores de jogar para a frente não se viu na Luz. Viu uma equipa compacta, com ideias definidas e capaz de controlar o adversário.
E houve oportunidades de sobra. Na primeira parte, duas devolvidas pela barra e mais um par delas: Lukebakio, Pavlidis, Otamendi, Barreiro.
Longe de ser vertiginosa ou meticulosamente compacta, a equipa encarnada preencheu, ainda assim, quase todas as alíneas indispensáveis para somar os primeiros pontos nesta fase de liga da Champions. O primeiro, o segundo e o terceiro, todos de uma assentada.
Mas a capacidade que demonstrou em quase todos os momentos do jogo faltou-lhe no mais importante de todos: o do momento do golo.
Foi assim que terminou a primeira parte, tal como assim começou a segunda, com Pavlidis a querer dar mais um ou dois toques numa jogada que deveria ser finalizada com apenas um.
E o Leverkusen, que, tal como as águias, ainda procurava a primeira vitória na Liga dos Campeões, seguia em sofrimento, mas vivo.
Cedo se percebeu que, mais do que pela inspiração alheia, o Benfica (a acontecer) só cairia nesta noite por culpa própria. Porque normalmente só é isto que pode acontecer quando uma equipa é claramente melhor do que o adversário – como o Benfica o estava a ser – e acaba derrotada – como veio a suceder.
Num momento em que Enzo e Ríos se dividiram, Grimaldo – regressado à Luz – lançou o recém-entrado Patrik Schick com um soberbo passe. Trubin ainda negou o golo ao atacante checo que, acabado de se levantar da primeira tentativa, recebeu uma oferta de Dahl e aproveitou para cabecear para o golo dos farmacêuticos.
Ainda faltavam perto de 30 minutos para jogar e, justiça lhe seja feita, a águia, renovada pelas energias de Schjelderup, Prestianni e Dedic, nunca deixou de tentar, ainda que muitas vezes de forma precipitada, situação à qual não são alheios o momento que vive na mais importante prova de clubes do Mundo e o sentimento de injustiça: 22-6 em remates, 68-20 em ataques. Para quê, se no fim de continua sem pontos somados a meio da fase de Liga.
Haverá remédio para isto?

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *