Os Anjos, o Diabo e a Paz que Tudo Ganha


Numa quinta-feira, dia 24 de agosto de 1939, o Papa Pio XII dirigia-se aos governantes e povos através de uma radiomensagem com o título “Un’Ora Grave”, sobre o iminente perigo de uma guerra mundial, dizendo: “Nada se perde com a paz. Tudo pode ser perdido com a guerra”. As suas palavras não foram tidas em conta e, uma semana depois, no dia 1 de setembro de 1939, com a invasão da Polónia pela Alemanha Nazi, começava a segunda guerra mundial.
Um destes dias, também numa quinta-feira, ouvia numa estação de rádio, uma análise sobre o nosso mundo em estado de guerra. E a primeira guerra a ser analisada foi a que se travava em tribunal entre o grupo musical Anjos e a humorista Joana Marques. Foi chamada à antena gente sábia e competente que afirmava que, independentemente de quem vier a ganhar, a dupla musical só tem a perder com esta guerra contra uma piada.
Mas, bem pior do que a guerra dos Anjos, é a guerra na Europa e no Médio Oriente que, e essa sim, sendo levada a cabo por humanos, só pode ter a mão do diabo. A mesma estação de rádio, contando com a opinião de outros sábios e competentes, passou a comentar os riscos de uma escalada bélica nesta, também, “hora grave”.
“Não nos devemos acostumar com a guerra… O coração da Igreja está dilacerado pelos gritos que se elevam dos lugares de guerra: da Ucrânia, do Irão, de Israel, de Gaza”, disse o Papa Leão XIV, durante a audiência geral das quartas-feiras, no dia 18 de junho. E, citando Francisco, adiantou: “A guerra é sempre uma derrota”.
O custo da paz é sempre inferior ao da guerra, e os lucros da paz são sempre bem maiores do que os de qualquer guerra. Se isto vale para a guerra dos Anjos, muito mais vale para as guerras do diabo que, a pretexto de uma crise de acne, matam, destroem e deitam tudo a perder.
Só a paz é de Deus! “Bem-aventurados os que promovem a paz, pois eles serão chamados filhos de Deus.” (Mt 5,9)

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