Coisas do Corisco

Estamos já no final do mês de agosto e também no fim das férias, e os estudantes de volta às escolas… é neste tempo do ano que eu e a conversada vamos fazer uma viagem à Itália, Roma e Palermo na Cecília… eu já escrevi sobre isso, a nossa neta Clara está vindo conosco.
O que me leva a falar em viagens foi a minha comadre Jardelina da Avenue Coloniale.
Ela foi às festas do Senhor em São Miguel, já há trinta anos que não via o Senhor Santo Cristo, levou consigo a filha mais nova que nunca tinha visto o tio de Ponta Delgada, irmão do pai.
É José de Sousa e eu consolei-me com a visita aos meus canteiros, vi a procissão do Senhor e foi um regalo comer aquelas comidas da nossa linda terra. Muitos amigos daqui me perguntam porque é que deixei esta linda ilha e estou aqui neste Canadá com neve e frio de matar burros.
Esta semana, o meu Herculano pergunta à filha se gostou da viagem e de conhecer o seu irmão, meu cunhado Felisberto.
Angelina disse que o tio era parecido com o pai, mas numa feição mais velha. As maçãs nunca caem longe da árvore.
Quanto a Ponta Delgada, minha cidade de origem, está em quinto lugar entre as dez cidades mais preferidas pelos turistas no Google, à frente de Paris. Viva aos Açores, viva a Ponta Delgada. Mudando de assunto, eu e a conversada estamos os dois reformados, é uma alegria, e como temos tempo com fartura, fazemos muitas marchas pela cidade e também nos cemitérios.
É sempre bom entrar e sair do cemitério com os dois pés no chão, porque de outra maneira entras e não sais. Nestes passeios, já vi muita gente conhecida, entre outros, a campa do senhor Mulroney, antigo primeiro-ministro do Canadá, muito bonita e simples.
Já não posso dizer o mesmo do jazigo da filha de certo cantor português, que vi no cemitério dos Prazeres em Lisboa, mas são gostos e temos que respeitar. Infelizmente, tem sido uma moda colocar flores de plástico nas campas dos defuntos, coisa que acho nada bem, sobretudo em Portugal e nos Açores, onde as flores naturais estão por tudo que é sítio. Flores podem-se compostar, agora plástico não, mas enfim, são gostos.
Uma presidente da Câmara Municipal de uma cidade proibiu-me flores de plástico no cemitério da sua cidade. Bravo! Agora vou colocar um ponto final nesta minha humilde colaboração no jornal.
« NÃO ME PERGUNTES, PORQUE NADA SEI DA VIDA, NEM DO AMOR, NEM DE DEUS, NEM DA MORTE. VIVO, AMO, ACREDITO SEM CRER, E MORRO ANTECIPADAMENTE RESSUSCITANDO » Miguel Torga.

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