Festejando o Divino Espírito Santo na Casa dos Açores do Quebec

A Casa dos Açores do Quebeque viveu uma semana memorável em Louvor do Divino Espírito Santo, celebrando com grande entusiasmo uma das mais profundas tradições da cultura açoriana. Entre rezas, cantares, comida típica e muita alegria, o espírito de união e Fé marcou cada momento desta celebração que decorreu com Casa cheia, em todos os sentidos.
As festividades começaram na terça-feira, 17 de junho, com o Conselho de Administração conduzindo o Terço, acompanhados por Zenaida e Salomão Medeiros, na quarta-feira, Vitor Rabaça conduziu o Terço acompanhado por António Horácio Melo, na quinta-feira, conduziu o Terço, Graça Azaredo acompanhada por António Horácio Melo, Zenaida e Salomão Medeiros e Sylvie Pimentel, que comoveu o público com a sua voz. Terminando as noites dedicadas ao Terço, na sexta-feira, o Terço foi conduzido por Dauno Ferreira, acompanhado por António Horácio Melo, José de Melo e Zenaida e Salomão Medeiros. Foram noites de oração e reflexão, assim como partilha, mantendo viva a espiritualidade que está no coração desta tradição. Também na sexta, a animação aumentou com uma divertida desgarrada protagonizada pelo Mordomo de Laval, João Arruda e Vitor Rabaça, que arrancou risos e aplausos, acompanhado pelos talentosos José de Melo e António Horácio Melo — uma tradição viva e cheia de cor.
Durante toda a semana, o já habitual Bazaar da Casa esteve repleto de “tesouros” e curiosidades, atraindo visitantes e membros da comunidade em busca de lembranças e produtos típicos. No sábado, a Casa acolheu os Foliões de Laval que homenagearam o Espírito Santo e mais tarde animaram a noite com uma rapsódia de músicas populares. Também num momento único, a nossa « cotovia açoriana », Jordelina Benfeito, cantou homenageando os sócios falecidos, cujos nomes tinham sido pronunciados pelos membros do Conselho de Administração, momento que emocionou todos os presentes. E como manda a tradição, não faltou a carne guisada — saborosa e reconfortante, preparada com carinho na cozinha da Casa por Isabel e João Rebelo, que se tornou ponto de encontro entre gerações.
O ponto alto das festividades aconteceu no domingo, com a Missa Solene presidida pelo Rev. Pe. Adam Laskarzewski, realizada na Igreja Saint-André-Apôtre, situada perto da Casa dos Açores do Quebeque. A celebração contou com a participação comovente do Coral do Senhor Santo Cristo dos Milagres, conferindo um tom de profunda devoção à cerimónia. Terminando a missa e subindo ao Altar, a presidente da Casa dos Açores do Quebeque, Paula Ferreira, agradeceu o Rev. Pe. Adam Laskarzewski ter celebrado a missa, os acólitos José e Neuzia Silva, a Filarmónica do Divino Espírito Santo de Laval, o Coral do Senhor Santo Cristo dos Milagres, o Rancho Folclórico Ilhas de Encanto, o Grupo Reviver, o Conselho de Administração, assim como a presença de todas as pessoas na missa e na Casa durante a semana. Enquanto sentindo-se um pouco melancólica, disse que se sentia feliz por ter sido testemunha das manifestações de Fé que, no seu ponto de vista, guarantem o futuro das tradições em Louvor do Divino Espírito Santo fora dos Açores. Com voz comovida, recordou alguns momentos que a tocaram profundamente, como, ver durante a semana, a menina de dois anos de idade e a senhora nos oitenta, beijar o cetro da coroa do Espírito Santo, a senhora que colheu as mais maravilhosas rosas encarnadas para serem desfolhadas para saudar o regresso da coroa do Espírito Santo à Casa dos Açores, as senhoras de uma certa idade, algumas debilitadas, que passaram a noite em branco confecionando massa sovada para ser oferecida em Louvor do Espírito Santo e ainda, o casal que cortaram as férias por alguns dias para poderem estar presente e confecionar a carne guisada e as sopas. Tantas Graças e Benções a agradecer que para ela foram um privilégio e uma sentida honra.
Após a missa, a Casa dos Açores esteve repleta de vida, com os dois andares completamente cheios de boa gente, boa disposição e boa comida servida pelos Jovens em Ação de Santa Cruz. O ambiente festivo foi enriquecido pela atuação da Filarmónica do Divino Espírito Santo de Laval, a presença de cada um, incluindo os antigos presidentes da Casa dos Açores, representantes da comunidade, os Mordomos de Laval 2025, Aleluia Machado e João Arruda, todos valorizados, trazendo um toque de autenticidade e respeito à tradição.
No encerramento da semana, o Conselho de Administração da Casa dos Açores do Quebeque deixou uma mensagem sentida à comunidade:
« Cheios de Gratidão, agradecemos sinceramente a todos os que se juntaram a nós durante a Semana e neste fim de semana em que a nossa Casa concluiu a sua semana em Louvor do Divino Espírito Santo. Viva o Espírito Santo! »
Foi, sem dúvida, uma celebração que uniu Fé, cultura e comunidade, e que ficará na memória de todos os que nela participaram.
*Algumas fotos foram tiradas durante a semana pela Casa dos Açores do Quebeque.

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